É uma construção que leva a dois mundos, mas não fica realmente em nenhum deles. É o caminho , uma ponte e no final está um barquinho preso por uma corda, flutuando, com o velho marinheiro. Ele é paciente e mantém o olhar distante, perdido em pensamentos e anseios que a vida ainda pode lhe proporcionar. Nem a brisa, nem o balanço por vezes mais acentuado parece lhe tirar de seu mundo de objetivos secretos.
Ele fecha os olhos lentamente e sorri sentindo o mundo a sua volta.O sol no horizonte o chama para viajar. Sentado no pier está seu capitão, que tem uma espada, a única espada capaz de cortar a corda que ainda segura o barquinho naquele lugar e por fim deixar livre o velho marinheiro para seguir seu caminho.
O capitão se mantém lá sentado, silencioso e indiferente a necessidade de um desfecho para a situação. O velho marinheiro não pode cortar a corda e tão pouco pode voltar em terra firme sem ajuda: cabe ao capitão cumprir o seu papel e dar um fim digno a tudo. Mas ele continua sentado, inerte à tempestade que aparece no horizonte e a noite fria que chega sem hesitar.
E a noite chega e o sol se vai. Qual seria o desfecho da situação? Não há luz para ver. Só resta aguardar o amanhecer, mas neste mundo o sol é condicionado a ações.
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