11/11/11

 

coloquei gatinhos de uma forma poética, Vale né?

Eu gosto do momento que estou agora. Gosto das coisas que alcancei, das coisas que fiz, das que estou para fazer. Gosto dos amigos que tenho, que fiz, das pessoas que conheci de verdade e das que realmente me conhecem. Gosto do meu trabalho, das pessoas com as quais trabalho, gosto de trabalhar. A familia vai bem também, e sobre este ponto também não posso reclamar.

Mas falta alguma coisa.

Eu gosto de onde moro, das infinitas oportunidades de ver e conhecer coisas novas todos os dias. De descobrir e viver momento incríveis sem grandes esforços. Gosto da facilidade e do fácil acesso ao que nem imaginava ser possível existir. Época única que estou. Que todos estamos.

Mas ainda falta alguma coisa.

Uma cidade que nunca dorme pode lhe oferecer o que se deseja no momento que eu quiser. Tudo o que eu puder e quiser comprar é a acessível 24 horas. Talvez um vestido florido, um livro de ilustração, um frappuccino na madrugada. É só querer e chegar, pronto, os desejos estão realizados.

E chega uma hora que não há nada mais que eu queira ou deseje de verdade. Pequenos e rápidos prazeres, que terminam antes mesmo de chegar em casa e abrir o embrulho. As atividades e coisas para se ver e sentir não tem mais graça. O que era um prazer começa a soar como mais uma obrigação, chata, enfadonha e desnecessária. Cursos, aulas, uma enxurrada de informações que parecem preencher o tempo e a mente do que realmente falta. Besteira, mentira, enganar a si mesmo é sempre a pior coisa a se fazer. Hora de ir.

Volto pra casa desejando estar pensando com um sorriso bobo nos lábios, daqueles que não pode fingir. Chegar e contar como foi o dia, chegar e escutar como foi o dia. Ficar apenas em silêncio, mas aquele silêncio que tem significado. Aquela ansiedade de conversar com o sorriso que não é feito para os amigos, nem para familía, mas sim para alguma outra coisa.

Alguma outra coisa que falta.

Dizem que se desejar algo em datas assim, os pedidos feitos no horário certo se realizam. E me pego sem querer pensando no que vou desejar, como se fosse uma verdade científica e absoluta. Que besteira a minha... E pego a lembrar que faz mais de ano que amarrei uma fitinha do lado mais bonito da igreja, desejando a felicidade alheia para alguém que não imaginava o que eu estava fazendo. Não me pareceu tão tolo na época, me pareceu honesto e me lembro de ter o sorriso que sinto falta agora no rosto.

Talvez eu vá fazer um desejo sim neste 11/11/11, tão místico e falado. Alguma coisa que falta.

Aquele sorriso que falta.

>Gostou ? Aproveite e me siga no Twitter :)