segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ontem eu estava em Paris, hoje não. Amanhã talvez.


 Obrigada Flickr por ter exatamente a imagem que transmite os tons que sonhei.
Ontem a noite eu sonhei que estava em Paris. Acredito que estava em uma espécie de hotel/pensão. Era um lugar antigo, bem conservado, com madeira escura em todas as guarnições. Vestia casacos não muito pesados, acredito que deveria ser outono. E eu estou caminhando pelos corredores procurando o quarto, rindo muito. Não estou sozinha, o moço, minha companhia escolhida está comigo. A gente ri feito bobo de algo que não consigo lembrar o que é, mas é uma sensação gostosa. Encontro o quarto, abro a porta e ele se prontifica em abrir as cortinas para ver o final do por do sol. Aquela luz cor-de-salmão invade todo o ambiente, deixando todas as cores bem contrastadas. Ambos ficamos em silêncio olhando o dia acabar pelas janelas antigas.

Quando finalmente o sol se põe, ligamos a luz do quarto e eu reparo em um pequeno aviso na janela, uma daquelas coisas do tipo "não ligue o ar-condicionado com as janelas abertas". Leio em voz alta, pois a frase implorava para ser completa com uma piada boba dele, e ele o faz. Ambos damos risada, não por ser uma piada extremamente engraçada, mas pela cumplicidade e significado maior que pairava no ar. E novamente eu sentia aquela sensação gostosa.

Acordo.
Estou aqui, como antes. Na minha cama e minha cachorra andando pelo quarto esperando ansiosa eu levantar de fato.

E então tenho a certeza absoluta do que eu preciso. Não se trata de ter ou estar, mas sim significar. Não é só comprar um bombom, é ter o papelzinho guardado como algo de extremo valor. Pequenas coisas bobas, mas que no final do dia, precisam existir e serem sentidas. Somente coisas reais e puras existem e podem ser sentidas de fato, o resto, pelo menos para mim, é apenas uma perda de tempo sem tamanho. Um meio de se enganar e de se machucar silenciosamente. Não quero isso, não preciso.

Preciso de sentido e de realidade, de cumplicidade e de risadas conseguidas com um olhar e não com palavras. Preciso de papeizinhos de chocolate guardados na agenda.
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Sim, eu realmente sonhei com o que escrevi. Curtiram? O sonho foi tão real que precisava transcrevê-lo de alguma forma, então o fiz aqui. Claro, omiti alguns detalhes que não considero tão importantes ou prefiri manter em segredo. Mas foi esta a sensação e a conclusão que ele me deu.

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8 comentários:

Diana disse...

Lindooo! Também costumo ter sonhos assim, significativos. Geralmente em boa companhia, alguém sem rosto, alguém de quem sou cúmplice...
Uma amiga minha disse que isso era carência e que Freud explicava! rsrsrs
Mas não deixa de ser um sonho bom, né?

Leticce disse...

@Diana: O meu tem rosto e sorriso até....Mas em respeito a ele, sempre opto por não o expor :D

Rogério Marques disse...

Gostei do blog.

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Escrevo textos sobre História focando em política internacional e Indústria cultural principalmente. O espaço também engloba ilustrações, fotografia, montagens, humor e cultura pop em geral.

Leticce disse...

@a_vida: Puxa, obrigada ^^

Breno disse...

Moro em Paris a 3 anos,e aqui nao e bem um 'sonho' (:
a diferença e so a lingua e os costumes,aqui ngm conhece ngm !
e na maior parte do tempo,e frio p/caramba.

Amanda Brasil disse...

Parabéns pelo Blog, em especial por este post!
Fui conduzida até aqui, atravéz de uma querida amiga, que SABIA que eu me indentificaria com ele e com a forma que vc o transcreveu.

Desejo que você vivencie fisicamente esse sonho e seja tão gostoso como nesse sonho!

Leticce disse...

@Breno: A realidade sempre é diferente dos sonhos, mas uns 15 dias não fariam mal nenhum =p

Leticce disse...

@Amanda: Puxa obrigada^^ fico feliz que tenha curtido

:D