sábado, 10 de novembro de 2012

Willard Suitcases: os segredos dos pacientes de um manicômio

Eu literalmente viajei vendo as fotos. E também fiquei um pouco triste...

Jon Crispin é um fotografo com um projeto muito interessante: fotografar o conteúdo de malas antigas. O motim básico deste projeto já seria suficientemente atraente pelo visual das coisas antigas a.k.a objetos pessoais)  que poderiam ser retratadas, mas ele conseguiu um ponto a mais para  ficar ainda mais interessante: as malas são de pacientes de um grande e famoso manicômio de Nova Iorque do começo do século passado chamado Willard.
Willard. Arquitetura naturalmente assustadora.
Você deve estar se perguntando " O que um cara internado em um manicômio, ou seja, um louco teria de interessante? Remédios? Camisas de força?". Temos que voltar à aquele tempo para entender que tipo de gente era considerada "louca" e a razão de "ganharem" convites para a estadia, algumas vezes vitalícia, na instituição...Basta explicar a você amiguinho leitor que para ser  "admitido" em Willard - e em qualquer outro hospício da época- bastava por exemplo estar em depressão, ser gay ou até ter gritado em um restaurante por ter sido mal atendido.
Sr. Frank um dia foi ao restaurante em que lhe serviram a refeição em um prato quebrado. Ele ficou bravo, discutiu com o dono que não resolveu o problema. Nervoso começou a chutar latas de lixo do lado de fora do estabelecimento. A polícia foi chamada e ele simplesmente passou os 30 anos seguintes em hospícios.

Os padrões comportamentais da época eram bem mais rígidos do que os atuais. Basta dizer então que muitas pessoas que hoje em dia são consideradas normais, na época seriam facilmente colocadas lá. E abandonadas. As malas estavam esquecidas no sótão da instituição, até que em 1995 quando as atividades do Willard foram encerradas, os funcionários encontraram centenas delas, como uma grande coleção de cápsulas do tempo.

vídeo para arrecadar fundos para o projeto de Jon sobre as  malas. Funcionou.

Abaixo algumas fotos das  400 malas, que hoje são parte do acervo do museu do estado de Nova Iorque.




































































É possível ver todas as fotos que Jon disponibilizou online sobre o projeto em seu blog, e também uma a história completa dos donos das malas no site da exposição. Incrível e realmente tocante.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Que triste! ):