domingo, 26 de setembro de 2010

A casa, o velho e o beagle: o fim do ciclo.

Eu e meus amores imobiliários. O fim (?) .

Neste mês retomei o habito de acordar cedo e necessitar de transporte público para chegar aonde preciso. Aqui estou eu novamente observando tudo a minha volta e instintivamente criando histórias para elas. Quanto tempo mesmo dura esta viagem? Ah sim, uma hora. Tempo o suficiente para ficar sonhando.

O mesmo trecho de antes, o pedaço de caminho de sempre. Estou sem meu MP3, então a solução para passar o tempo é acompanhar a novela sem roteiro. E ali, logo a frente, está a casinha que é minha, mesmo sem a ter comprado.

Eu lembro do senhorzinho e seu velho beagle, que diariamente saiam a passos calmos. Lembro que eles pararam com esse habito... E lembro do longo tempo que a casinha ficou com uma placa de "vende-se", sempre com a janela aberta e a cortina de renda balançando ao vento.

Mas agora a placa desapareceu. A janela se mantém com a cortina de renda. talvez tenham desistido de vender...
Não.

O jardim ganhou tapumes cor-de-rosa e a cortina de renda desapareceu. Dias depois percebo os pedaços da casinha indo para dentro de uma caçamba. Não, não deve ser o senhorzinho fazendo uma reforma. Tábuas grandes equilibradas nos parapeitos das janelas e um pedaço da persiana quebrado. O típico descuido sinalizando que aquilo não faz diferença. É , provavelmente acabou.

Eu poderia tirar uma foto da casinha, mas vou guarda-la como uma lembrança. Algo doce, querido e volátil, como muitas coisas que passam pela vida.

***

Se você quer ler a primeira parte desta história, veja aqui.

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2 comentários:

sergio disse...

eu lembro do velho e do beagle : )

Matheus Morais disse...

gostei da tua casinha, gosto de ver mulheres fazendo arte, pensando arte. tambem faço histórias, a maioria não são histórias, mas, se quiser ler... (: www.tementeadeus.blogspot.com